As demissões realizadas pela Microsoft no dia 2 de julho têm ajudado a revelar alguns detalhes interessantes sobre o funcionamento interno da divisão Xbox. Iain MacIntyre, um gerente de desenvolvimento de negócios sênior afetado pela decisão, compartilhou em seu LinkedIn quanto pode custar para incluir um jogo no catálogo do Game Pass.
Um dos responsáveis por negociar a inclusão de jogos third party no serviço, ele afirma que trabalhou com 500 acordos do tipo durante seu tempo na empresa. Eles envolveram valores que variavam entre US$ 50 mil e US$ 50 milhões de dólares, considerando tanto jogos independentes quanto grandes projetos Triplo A.
Em seu perfil no LinkedIn, MacIntyre também afirma que foi um dos membros originais do time responsável pela criação do Game Pass. Segundo o profissional, sua presença foi essencial para transformar “uma ideia de três pessoas em um sistema de assinaturas que vale bilhões de dólares”.
Além de negociar os jogos que entram no serviço, ele também ajudou na curadoria de conteúdo e definiu questões como licenciamento para inteligência artificial, conteúdos de streaming e infraestrutura de redes. Assim, ele tem uma experiência ampla do funcionamento interno da Microsoft e dificilmente divulgou os valores sem conhecimento de causa.
Game Pass compensa grandes investimentos com receitas generosas
A atualização do perfil de MacIntyre confirma alguns detalhes que já haviam sido vazados em 2023. Na época, documentos enviados pela Microsoft aos tribunais dos Estados Unidos mostraram que a empresa investia aproximadamente US$ 1 bilhão anual na manutenção do catálogo de seu serviço.
Os maiores investimentos do Game Pass são aqueles relacionados ao mercado Triplo A, especialmente quando se considera grandes lançamentos. A cifra de US$ 50 milhões realmente existe, mas deve ser dedicada somente a títulos de grande repercussão e que têm capacidade de atrair quantidades massivas de assinantes.
Os investimentos altos são compensados por receitas generosas, que chegam a aproximadamente US$ 2 bilhões anuais. Mesmo cobrando relativamente pouco de seus assinantes individuais, a Microsoft tem conseguido fazer a assinatura ser vantajosa para ela, mesmo quando são consideradas as perdas que ela tem ao canibalizar as vendas de seus jogos first party.
Fonte: WCCFTech
