Abrir um console antigo nunca usado é como abrir uma cápsula do tempo. Quando se trata do primeiro PlayStation da história, a experiência ganha contornos quase ritualísticos. Um colecionador finalmente rompeu o lacre de um PS1 original guardado desde 1995 — e as imagens do unboxing viralizaram entre fãs nostálgicos.
O unboxing que despertou nostalgia coletiva
O colecionador conhecido como DivOveR, usuário do Reddit especializado em consoles clássicos lacrados, publicou uma série de fotos abrindo um PS1 nunca usado. As imagens mostram cada etapa do processo: o plástico intacto, os manuais impecáveis, os cabos ainda enrolados da fábrica.
A reação da comunidade foi imediata. Centenas de comentários celebraram o momento como um portal direto para meados dos anos 90, quando a Sony lançou o console que mudaria a indústria dos games para sempre.
O cheiro que falta nas fotos
Entre os comentários, um pedido se repetiu com frequência quase cômica: “Descreve o cheiro”. Não é brincadeira. Entusiastas de hardware conhecem bem aquele aroma característico de eletrônicos recém-fabricados — uma mistura de plástico novo, componentes eletrônicos e embalagem que só existe nos primeiros momentos após abrir a caixa.
Esse cheiro específico funciona como gatilho sensorial poderoso. O odor está ligado diretamente às memórias de Natal, aniversários e a emoção de conectar um console novo pela primeira vez.
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O mercado de colecionáveis de games vive momento de valorização exponencial. Consoles em condição de fábrica, especialmente da geração 32-bits, tornaram-se itens raros. O PS1, com seu design icônico em cinza, representa um marco histórico da indústria.
Colecionadores como DivOveR dedicam-se exclusivamente a encontrar unidades virgens, muitas vezes guardadas em estoques antigos de lojas ou coleções particulares esquecidas. Cada unboxing desses é documentado como evento único.
Item cult
Quase três décadas após o lançamento, o PS1 mantém status cult inquestionável. Seu catálogo inclui franquias que definiram gêneros inteiros: Final Fantasy VII, Metal Gear Solid, Resident Evil, Gran Turismo. O design angular do console e o som característico de inicialização permanecem gravados na memória de toda uma geração.
As fotos compartilhadas por DivOveR mostram detalhes que muitos haviam esquecido: o manual impresso em preto e branco, os avisos de segurança em múltiplos idiomas, até o plástico protetor sobre o leitor de CD que amarelou com o tempo mas permaneceu intacto.
A experiência que a imagem não captura
A limitação das fotos explica a insistência dos comentários. Ver um PlayStation lacrado sendo aberto é voyeurismo tecnológico puro, mas falta a dimensão sensorial completa. O tato do plástico virgem, o som do lacre sendo rompido, e principalmente o cheiro — impossível de digitalizar ou transmitir por telas.
Esse fenômeno não é exclusivo do mundo gamer. Colecionadores de carros clássicos falam do “cheiro de carro novo” com reverência similar. Entusiastas de livros antigos reconhecem edições pelo odor das páginas. É memória olfativa funcionando como máquina do tempo involuntária.
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