Após anos de expectativa, memes infinitos e um silêncio ensurdecedor da Team Cherry, Hollow Knight: Silksong finalmente deu as caras de forma jogável na Gamescom 2025. Anunciado em 2019 como uma expansão que cresceu para se tornar um jogo completo, o título é uma sequência do aclamado Hollow Knight de 2017, um metroidvania que misturava exploração profunda, combates desafiadores e um mundo insectoide misterioso. Agora, com uma demo pública disponível pela primeira vez desde aquele ano distante, jogadores e jornalistas puderam colocar as mãos na protagonista Hornet – e as reações iniciais são unânimes: isso aqui é especial.
Este artigo traz um compilado de impressões de quem jogou a demo, baseada em relatos de sites como Eurogamer, Xbox Wire, IGN, GamesRadar e PC Gamer. Esses previews destacam como Silksong mantém o cerne do original, mas evolui com mecânicas mais ágeis, combates intensos e um foco em agressividade que pode redefinir a experiência para fãs veteranos.
Afinal, o que quem já jogou achou do jogo?
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Uma demo que equilibra familiaridade e novidade
A demo da Gamescom oferece duas áreas distintas para explorar: Moss Grotto, uma zona inicial verdejante e acessível, e Deep Docks, um labirinto mais avançado e punitivo. Essa escolha inteligente permite que jogadores testem o básico e o avançado, mostrando como o jogo equilibra o que os fãs amam com inovações ousadas. Como Joe Skrebels, do Xbox Wire, descreve, é uma forma paradoxal de ser “familiar e diferente ao mesmo tempo”, atendendo tanto aos novatos quanto aos que acumularam centenas de horas no original.
Moss Grotto serve como reintrodução perfeita. Começando com uma cutscene onde Hornet escapa de uma prisão, a área é um tutorial disfarçado: plataformas simples, combates básicos e um chefe amigável, a Moss Mother, que evoca memórias do Hollow Knight sem sobrecarregar. Simon Cardy, da IGN, nota como isso reacende a “memória muscular” do jogo anterior, com saltos precisos e evasões que se sentem satisfatórias desde o primeiro minuto. Já Deep Docks eleva o desafio, com elevadores mecânicos, inimigos voadores cuspindo magma e um layout labiríntico que pode deixar qualquer um perdido – um lembrete de que mapas como os de Cornifer serão essenciais.
Hornet: uma protagonista ágil e desafiadora
A grande estrela é Hornet, a “princesa-protetora” do original, agora controlável. Diferente do Knight silencioso e direto, ela é mais fluida e versátil, mas exige adaptação. Dom Peppiatt, do Eurogamer, destaca que Hornet é “floatier”, com ataques de maior alcance e uma sensação de movimento diagonal, como uma “bispo no xadrez” em vez de um “cavaleiro reto”. Seu salto é mais controlável, permitindo ajustes finos no ar, e o dash impulsiona corridas automáticas, o que pode deixar o jogador vulnerável se não for calculado – uma mudança que, segundo Peppiatt, “reprograma o cérebro” de quem tem 200 horas no primeiro jogo.
Robin Valentine, do PC Gamer, compara controlar Hornet a “calçar um sapato velho favorito”, mas com toques de graça e precisão. Ela corre mais rápido, facilitando na hora de precisar revisitar outras áreas, e usa mantling para escalar bordas com facilidade, reduzindo frustrações de quedas injustas. No entanto, como Josh West, do GamesRadar, aponta, essa agilidade não torna o jogo mais fácil: inimigos em Pharloom (o novo reino) são mais agressivos, com padrões versáteis que punem indecisão. Capacetes que bloqueiam ataques aéreos ou escudos que mudam de direção forçam o jogador a alternar entre ar e chão, transformando combates em duelos estratégicos.
Combates mais rápidos, agressivos e estratégicos
Se Hollow Knight era sobre paciência e contra-ataques, Silksong empurra para a ofensiva. Aquele movimento clássico para cima e para baixo dá lugar a pulos e avanços diagonais, que exigem posicionamento preciso e pode ser contraproducente em chefes como Lace – uma inimiga elegante e veloz que consegue dar parry, como relatado por Peppiatt. Skrebels enfatiza que os combates parecem “duelos de espada”, com evasões, parries e reações em tempo real, graças à velocidade ampliada de Hornet e seus oponentes.
Novas ferramentas adicionam camadas: o Straight Pin, uma kunai jogável para ataques à distância, e o Silkspear, um golpe poderoso que recarrega só em combate, forçando engajamento próximo. Cardy menciona como essas adições, parte de um sistema de crafting com materiais como Shell Shards, permitem customização que afeta o estilo de jogo. West elogia o Silkspear por sua satisfação, mas avisa que ele deixa o jogador exposto a contra-ataques.
O sistema de cura é revolucionário: em vez de carregar para um ponto de vida, Hornet usa “Bind” para regenerar três de uma vez, mas só quando a barra de Silk está cheia – e ela enche mais rápido com ataques ofensivos. Valentine explica que isso cria dilemas: usar Silk para heals cautelosos ou para super-ataques arriscados? Cardy adora como isso ecoa jogos como Doom Eternal, recompensando agressividade sem sacrificar curas para habilidades.
Visuais, exploração e dificuldade que encanta (e assusta)
Visualmente, Silksong brilha mais colorido e detalhado. Cardy descreve ambientes com “cinzas dançando em cavernas de lava” e “musgo verde brilhante”, criando um ar de “desenho animado de sábado de manhã no Louvre”. Hornet parece maior na tela, reforçando uma sensação de poder, enquanto inimigos “quase adoráveis” – como besouros com panelas como escudos – tornam o ato de matá-los ainda mais agridoce.
A exploração mantém o encanto metroidvania: túneis labirínticos, segredos escondidos e coleta de Rosaries (moeda) prometem horas de descoberta. Mas a dificuldade? Peppiatt avisa que é “mais difícil que Hollow Knight”, com uma curva que escalona rápido, especialmente no DLC-like pós-game. West conta morrer repetidamente em Deep Docks, mas vê isso como motivador. Skrebels e Cardy preocupam-se se o desafio não frustrará novatos, mas concordam que a precisão dos controles evita injustiças.
Hollow Knight: Silksong valeu a espera? As impressões finais
Após 2.379 dias de espera, como West calcula, Silksong não decepciona. É uma evolução refinada: mais rápido, agressivo e confiante, como Skrebels resume, com anos de polimento da Team Cherry. Valentine teme que não revolucione o gênero, mas celebra como “mais Hollow Knight, só que melhor e afiado como uma agulha”. Cardy revelou se sentir mais empoderado que no original, enquanto Peppiatt fica curioso se a “estranheza” intencional atrairá todos.
No fim, as impressões são de empolgação pura. Silksong lança ainda em 2025 para PC, PS4/PS5, Xbox One/Series X/S, Switch e Switch 2. Se você é fã, prepare-se para reacender o cérebro – e para amar cada morte. A Team Cherry entregou algo que, mesmo em demo curta, prova que a paciência dos fãs foi recompensada.
Fonte: Eurogamer, Xbox Wire, IGN, GamesRadar e PC Gamer.