Funcionários do estúdio de Candy Crush são trocados por IA que eles mesmo ajudaram a criar

A gigante da tecnologia Microsoft enfrenta uma onda de críticas após demitir centenas de colaboradores em sua divisão de jogos, com impactos severos na King. Desta vez, a infeliz notícia é que funcionários do estúdio de Candy Crush são trocados por IA que eles mesmo ajudaram a criar.

Segundo relatos exclusivos do site internacional MobileGamer.biz, profissionais de narrativa, design de experiência do usuário (UX), criação de fases e pesquisa de público dedicaram anos ao treinamento de modelos de IA capazes de executar suas funções com maior velocidade.

Agora, esses mesmos especialistas receberam avisos de que seus cargos estão ameaçados.

Eficiência a qualquer custo: IA substitui talentos humanos

Uma fonte anônima desabafou ao MobileGamer.biz: “É revoltante ver a IA assumir o lugar de pessoas, mas a prioridade é eficiência e lucro, mesmo com a empresa indo bem financeiramente. Se queremos melhorar os jogos com mais feedback, é insano demitir os desenvolvedores. Precisamos de mais mão de obra qualificada, não de menos liderança.”

Estimativas internas sugerem que os cortes podem ultrapassar 200 colaboradores, número inicialmente divulgado por outro grande veículo global, o Bloomberg, quando as demissões em larga escala foram anunciadas.

Crise se estende a outros estúdios da Microsoft

O impacto não se limita à King. Funcionários do Halo Studios, responsável pela icônica franquia Halo, expressaram indignação em entrevista à Engadget.

Um desenvolvedor, que preferiu permanecer anônimo, afirmou estar “furioso” com as demissões, especialmente após receber um e-mail corporativo de Phil Spencer, CEO da divisão de games da Microsoft, enaltecendo a rentabilidade do Xbox (pouco antes de pelo menos cinco membros da equipe serem dispensados).

O mesmo colaborador acusou a Microsoft de se esforçar ao máximo para substituir cargos por “agentes de IA“, intensificando a adoção do Copilot em processos criativos.

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O futuro da indústria de jogos sob a hegemonia da IA

Este episódio reacende o debate sobre os limites da automação em setores criativos. Enquanto a Microsoft busca maximizar eficiência, especialistas alertam para riscos de erosão da inovação e do capital humano, fatores que historicamente impulsionaram a indústria de games.

A pergunta que permanece: até que ponto a inteligência artificial pode replicar a criatividade e a paixão de desenvolvedores veteranos?

Enquanto isso, centenas de profissionais enfrentam um futuro incerto e são vítimas de uma estratégia corporativa que prioriza algoritmos sobre talento.

Esta é mais uma etapa de uma fase conturbada na indústria dos games e da tecnologia no geral. Trata-se de um duro golpe nos talentos humanos, e nada mais pode ser feito após os executivos tomarem suas decisões.

E aí? Qual é a sua opinião sobre este assunto? Compartilhe o seu ponto de vista nesta publicação e continue acompanhando o Adrenaline!

Fonte: engadget

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