A Microsoft gerou insatisfação na comunidade gamer ao revelar que Call of Duty: Black Ops 7 não estará disponível no recém-renomeado Xbox Game Pass Premium, forçando os jogadores a aderirem ao plano mais caro caso queiram acesso ao título no dia do lançamento. O anúncio veio junto com uma reestruturação completa do serviço que incluiu aumento significativo nos preços dos planos.
A mudança representa um ajuste na política anteriormente divulgada pela empresa, que prometia incluir todos os seus títulos first-party no serviço de assinatura básico. Agora, a companhia esclareceu que apenas jogos do Xbox Game Studios estarão disponíveis no Game Pass Premium após um ano de lançamento, com a ressalva de que a franquia Call of Duty fica completamente de fora dessa regra.
Isso significa que para jogar Call of Duty: Black Ops 7, com lançamento previsto para 14 de novembro, ou qualquer outro futuro título da série, será necessário assinar o plano Ultimate, cujo preço no Brasil saltou para R$ 119,99 mensais – praticamente o dobro do valor anterior.
Esta decisão levanta preocupações sobre a possibilidade de outros jogos importantes também ficarem restritos à assinatura premium no futuro, já que a empresa não estabeleceu critérios claros para determinar quais títulos terão distribuição limitada nos planos mais acessíveis.
Timing questionável para mudanças no Game Pass
O momento escolhido para o anúncio das mudanças no serviço também chama atenção. A Microsoft implementou o aumento de preços justamente quando se prepara para lançar sua melhor linha de jogos do ano, incluindo títulos aguardados como Keeper, Ninja Gaiden 4, The Outer Worlds 2, além do próprio Call of Duty: Black Ops 7.
Outro aspecto controverso é que as alterações foram comunicadas pouco antes da chegada do ROG Xbox Ally ao mercado, o PC portátil desenvolvido em parceria entre Xbox e ASUS. Muitos consumidores que já realizaram a pré-compra do dispositivo provavelmente o fizeram com a intenção de usufruir do Game Pass em condições mais vantajosas que as agora apresentadas.
O custo-benefício em questão
Com as novas regras e preços, a matemática do custo-benefício para os jogadores mudou significativamente. Considerando apenas Call of Duty: Black Ops 7 como exemplo, um jogador que opte por assinar o Game Pass Ultimate por três meses gastará aproximadamente R$ 360, valor superior ao preço de compra definitiva do jogo no PC.
A situação fica ainda menos vantajosa para quem já paga a assinatura básica para jogar online (agora chamada Essential, a R$ 43,90/mês) e precisa comprar o jogo separadamente por R$ 349,90. Após três meses, o gasto total seria de pelo menos R$ 480,70, sem incluir possíveis microtransações.
Essas mudanças levantam questões sobre o real valor de se possuir um console Xbox atualmente. Se o principal diferencial da plataforma era justamente seu serviço por assinatura com boa relação custo-benefício, agora com a mensalidade equivalendo a quase um terço do valor de um jogo AAA, a atratividade do ecossistema Microsoft parece diminuir consideravelmente.
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