Se você é daqueles gamers nostálgicos que vive suspirando “no meu tempo os jogos eram diferentes”, bem, prepare-se para engolir essas palavras. O ano de 2025 está se revelando uma verdadeira festa para quem ama plataformas em 2D, e não estamos falando de alguns lançamentos isolados – é literalmente uma enxurrada de títulos excepcionais que estão fazendo até os blockbusters 3D ficarem com inveja.
A tríade dourada que mudou tudo esse ano
O que começou como alguns lançamentos espaçados virou uma avalanche de qualidade quando três jogos chegaram quase em sequência, roubando toda a atenção dos grandes lançamentos AAA. Primeiro veio Ninja Gaiden: Ragebound em julho, trazendo aquela nostalgia pixel art que a gente ama, mas com uma execução impecável que conquistou crítica e público.
Mas se você achou que não dava para melhorar, Shinobi: Art of Vengeance chegou em agosto e literalmente subiu o sarrafo. O jogo não se contentou em apenas ser nostálgico – ele pegou o melhor do clássico e do moderno, criando um Metroidvania desconstruído com arte ilustrativa de dar água na boca e combates que são pura adrenalina.
E para fechar essa tríade com chave de ouro, temos Hollow Knight: Silksong. O aguardado sucessor do Team Cherry está gerando um hype tão absurdo que já tem gente falando em Game of the Year. Se isso acontecer no The Game Awards de dezembro, será a primeira vez que um jogo 2D leva o prêmio principal – o que seria histórico.
Muito além da tríade principal
Mas calma, que a festa não para por aí. Entre esses lançamentos principais, ainda tivemos Öoo, um joguinho chamado de “puzzlevania” aparentemente simples sobre uma lagarta que deixa bombas por aí, mas que na verdade é um quebra-cabeças genial. É impressionante como os desenvolvedores conseguiram extrair tanta complexidade de uma mecânica aparentemente básica.
Voltando um pouco no tempo, o início do ano já tinha dado sinais de que 2025 seria especial. Blade Chimera, da Team Ladybug e WSS Playground, chegou em janeiro e já mostrava que dava para fazer um jogo ninja retrô com muita personalidade. Ender Magnolia: Bloom in the Mist seguiu a fórmula do Hollow Knight mas conseguiu criar sua própria identidade, com visuais deslumbrantes e chefões que realmente testam suas habilidades.
Diversidade que impressiona
O legal é que 2025 não ficou preso em um único subgênero. Para quem curte roguelike, The Rogue Prince of Persia pegou a essência clássica da série e transformou em algo parecido com Dead Cells, mas com foco na mobilidade fluida que deixa qualquer parkour com inveja.
E tem também os verdadeiros achados do ano. Bionic Bay é provavelmente a joia escondida de 2025 – um jogo que lembra Limbo na atmosfera, mas com quebra-cabeças de física que rivalizam com Portal. Mudar a direção da gravidade, trocar de lugar com objetos… é o tipo de coisa que faz você falar “por que ninguém pensou nisso antes?”.
Até a Bandai Namco entrou na onda com Shadow Labyrinth, que pega o Pac-Man e transforma em algo completamente maluco (e funciona!). Não é perfeito, mas é o tipo de experimentação corajosa que a gente quer ver mais.
Pode ser o recomeço de uma era?
Olhando para trás, é difícil lembrar da última vez que tivemos tantos jogos 2D de qualidade em um só ano. Claro, sempre temos alguns lançamentos bacanas anualmente, mas 2025 está sendo diferente. É como se todos os desenvolvedores tivessem decidido ao mesmo tempo mostrar que jogos 2D podem ser tão inovadores e frescos quanto qualquer coisa em 3D.
O mais interessante é que não estamos falando só de indies pequenos lutando por atenção. Temos estúdios grandes apostando pesado no formato, e com o Silksong dominando as paradas da Steam, é bem provável que mais empresas grandes comecem a prestar atenção no potencial dos jogos 2D.
Ou seja: tem algo especial acontecendo aqui. Depois de anos vendo o 3D dominar completamente a indústria, 2025 está provando que ainda há muito espaço para criatividade no plano bidimensional. Cada um desses jogos traz algo único para a mesa, seja na arte, na jogabilidade ou na forma como conta sua história.
E o melhor de tudo? Ainda temos alguns meses de 2025 pela frente. Se o que já saiu é alguma indicação, prepare o bolso e o tempo livre, porque essa onda de jogos 2D excepcionais não mostra sinais de que vai parar tão cedo.
Quem diria que em plena era dos ray tracing e mundos abertos gigantescos, o que realmente estaria roubando a cena seriam sprites, pixel art e boa e velha jogabilidade em duas dimensões? 2025 está aí para lembrar que, às vezes, menos realmente é mais.
Fonte: polygon
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