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Os destinos de Forza Horizon: relembre cada país explorado pela franquia

Poucas franquias de corrida conseguiram reinventar a experiência de dirigir em mundo aberto como Forza Horizon. Desde 2012, cada título transporta jogadores para um país diferente, misturando cultura, paisagens e música em um festival sobre rodas.

De montanhas nevadas a praias tropicais, a série já visitou cinco destinos. E, se os rumores recentes se confirmarem, o sexto capítulo pode finalmente atender a um pedido antigo da comunidade: o Japão.

Estados Unidos — Forza Horizon (2012)

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O primeiro jogo da franquia chegou em outubro de 2012, exclusivamente para Xbox 360. Ambientado no estado do Colorado, trouxe a proposta de misturar corridas de rua com o clima de um festival inspirado em Coachella.

A escolha dos EUA foi estratégica. O Colorado venceu entre quase 30 locais analisados pela Playground Games graças à sua diversidade natural — cânions avermelhados, montanhas nevadas e planícies douradas em um mesmo território.

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Para dar vida a esse cenário, a equipe fez expedições em 2011, registrando milhares de fotos e horas de vídeo de estradas e paisagens. O objetivo não era reproduzir o estado de forma idêntica, mas criar uma versão condensada e estilizada, em que diferentes ambientes se sucediam rapidamente, estimulando a exploração.

O processo criativo seguia duas etapas: o primeiro passo foi adotar uma espécie de esqueleto do mapa com relevo e rotas principais, e depois a adição de detalhes como vegetação, construções típicas e até formações rochosas reais. 

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Além da ambientação, o jogo inovou com mecânicas que se tornariam ícones da série, como corridas contra aviões e helicópteros, a busca por carros clássicos escondidos, além de eventos paralelos que reforçavam o clima de festival.

França e Itália — Forza Horizon 2 (2014)

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Em setembro de 2014, Forza Horizon 2 levou o festival automotivo para a Riviera franco-italiana, com lançamento no Xbox One e Xbox 360. O mapa era quase três vezes maior que o do primeiro jogo e apresentou uma das inovações mais marcantes da franquia: o clima dinâmico, que alterava a experiência de pilotagem com chuvas repentinas, sol intenso e mudanças rápidas de tempo.

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A escolha dessa região não foi aleatória. Segundo Ralph Fulton, diretor criativo da Playground Games, o sul da França e o norte da Itália ofereciam exatamente o que o estúdio buscava: estradas costeiras sinuosas, montanhas dramáticas, vilarejos medievais e paisagens ensolaradas que traziam frescor em contraste ao cenário norte-americano do título anterior. Mais do que beleza, havia diversidade, a possibilidade de reunir vinhedos, colinas alpinas e a Côte d’Azur em um mesmo festival.

Para recriar essa atmosfera, a equipe fez um extenso trabalho de campo, compilando milhares de referências fotográficas de vegetação, vilarejos e arquitetura típica. Em alguns locais, recorreu até à fotogrametria, técnica que captura a geometria de objetos do mundo real em alta fidelidade, garantindo que detalhes como muros de pedra e texturas de casas históricas transmitissem realismo.

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O processo de construção seguiu o padrão iniciado em Horizon 1: primeiro o esqueleto do mapa, que definia relevo e rotas principais, e depois a adição de camadas de objetos e detalhes que davam profundidade ao mundo. 

Além da paisagem, Horizon 2 também marcou a série com uma experiência social mais orgânica: encontros espontâneos em campo aberto, integração fluida entre modo solo e online e os espaços virtuais para exibir designs, compartilhar carros e disputar provas amistosas. A soma desses elementos consolidou a Riviera franco-italiana como um dos cenários mais charmosos e memoráveis da franquia. Você concorda?

Austrália — Forza Horizon 3(2016)

Em setembro de 2016, a série deu um salto de escala com Forza Horizon 3, lançado para Xbox One e PC com suporte ao programa Play Anywhere. O mapa era duas vezes maior que o de Horizon 2 e colocava o jogador em um novo papel: o de diretor do festival, responsável por expandir a experiência ao longo da Austrália.

A escolha do país veio da sua impressionante diversidade de biomas. Em um único território, a Playground Games conseguiu reunir desertos vermelhos do Outback, florestas tropicais densas, praias icônicas como Surfers Paradise, os penhascos dos Doze Apóstolos e regiões vinícolas como o Vale Yarra. Essa mistura oferecia cenários distintos a poucos minutos de distância, sem a sensação de repetição que poderia enfraquecer um mundo aberto.

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Para capturar a essência da Austrália, a equipe viajou pelo país coletando referências visuais: fotos e vídeos de plantas, rochas, estradas e até elementos culturais cotidianos, como cabines telefônicas e lixeiras típicas. O objetivo era dar autenticidade, para que o jogador reconhecesse não apenas as paisagens, mas também os pequenos detalhes do ambiente.

A Playground adotou fotogrametria em larga escala, transformando fotografias em modelos 3D realistas. Isso garantiu fidelidade até em texturas de rochas, troncos e construções. Mas o grande diferencial foi o céu: o estúdio construiu uma câmera HDR personalizada de 12K, levou ao Outback e gravou dias inteiros de timelapses, registrando diferentes condições climáticas. Esse material serviu de base para o sistema de iluminação atmosférica do jogo, considerado um dos mais realistas já vistos até então.

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Benjamin Penrose, diretor de arte, destacou em entrevista que “um dos principais desafios da direção de arte era incluir toda essa diversidade de forma que fizesse sentido e transitasse suavemente de um lugar para outro. Não queríamos nada que soasse visualmente abrupto ao jogador”, explicou.

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Além da ambientação, Horizon 3 trouxe novidades marcantes: o modo cooperativo para até quatro jogadores, o sistema ForzaVista — que permitia inspecionar carros em detalhes inéditos — e a possibilidade de personalizar o próprio festival, expandindo bases e escolhendo a direção do evento. Esses elementos transformaram o jogo em um dos capítulos mais celebrados da franquia, combinando liberdade criativa, impacto visual e autenticidade cultural.

Reino Unido — Forza Horizon 4 (2018)

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Em outubro de 2018, a franquia deu mais um salto com Forza Horizon 4, lançado para Xbox One e PC — e mais tarde otimizado para o Xbox Series X/S. O grande diferencial foi a introdução das estações do ano dinâmicas, que transformavam completamente o mapa a cada semana.

A decisão de ambientar o jogo no Reino Unido não foi automática. Segundo Ralph Fulton, diretor criativo da Playground Games, parte da equipe inicialmente via a Grã-Bretanha como um local “pouco exótico”. Mas a tecnologia de estações mostrou-se perfeita para a região: poucas áreas do mundo têm mudanças sazonais tão marcantes quanto as britânicas.

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Para capturar essa essência, a equipe viajou diversas vezes pelo país em diferentes épocas do ano, coletando material visual de vilarejos, florestas e campos rurais. O resultado foram timelapses HDR em 12K, que registravam céu, iluminação e clima em condições variadas. Só o banco de imagens para o sistema de estações ultrapassou 1 terabyte de dados por dia de captura. Esse material deu origem a um sistema de iluminação atmosférica inédito, no qual reflexos, sombras e cores mudavam conforme a estação e a hora do dia.

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A recriação também exigiu soluções técnicas refinadas. Usando softwares como o Substance Designer e Painter, os artistas criaram texturas específicas para cada estação. Árvores recebiam camadas de neve realista no inverno, folhas mudavam individualmente de cor no outono e a vegetação florescia na primavera. Campos de trigo, por exemplo, passavam do verde vibrante ao dourado com a chegada do verão. Lagos congelavam, abrindo rotas inéditas, e trilhas de terra se transformavam em lama escorregadia após chuvas.

Essa ambientação condensada reunia locais icônicos como Edimburgo, as Highlands, o Lake District e os Cotswolds, oferecendo tanto estradas rápidas em campo aberto quanto percursos urbanos históricos. O design vertical, com colinas, vales e encostas rochosas, também permitiu saltos espetaculares, dando um novo ritmo às corridas.

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A inovação das estações foi além do visual: o mundo compartilhado sincronizava clima, horário e mudanças sazonais para todos os jogadores, criando uma experiência social orgânica em tempo real. Dirigir no gelo do inverno ou na lama do outono exigia adaptação, tornando cada semana única.

México — Forza Horizon 5 (2021)

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Anunciado na E3 de 2021 e lançado em novembro do mesmo ano para Xbox One, Xbox Series X|S e PC, Forza Horizon 5 representou o maior salto técnico e artístico da franquia. Em abril de 2025, o título ganhou também uma versão para PlayStation 5, tornando-se o primeiro capítulo principal a chegar à plataforma da concorrência.

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O México foi escolhido como palco por sua diversidade impressionante. Como destacou Mike Brown, diretor criativo, o país é “quase o mundo inteiro em um só território”: reúne selvas tropicais densas, desertos áridos, vulcões ativos, praias paradisíacas, cidades coloniais coloridas e templos maias milenares. O mapa, 50% maior que o de Horizon 4, foi dividido em 11 biomas distintos, cada um com clima, vegetação e sons próprios.

Para recriar esse mosaico natural, a Playground Games enviou equipes ao país para coletar mais de 400 horas de filmagens do céu em resolução 12K, usadas para gerar um sistema atmosférico com mais de 2.000 variações de clima e iluminação — um salto em relação às 300 combinações de Horizon 4. Além disso, a fotogrametria foi aplicada em larga escala: rochas vulcânicas, cactos e até construções históricas foram digitalizados para alcançar o máximo de realismo.

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A autenticidade cultural também foi prioridade. Artistas mexicanos foram convidados a criar murais originais, músicas regionais entraram na trilha sonora e consultores locais ajudaram a garantir o respeito à arquitetura e ao patrimônio. A cidade de Guanajuato é um dos destaques: suas ruas estreitas, túneis subterrâneos e fachadas coloridas foram recriados com riqueza de detalhes, incluindo a reverberação sonora típica dos ambientes urbanos.

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No campo da jogabilidade, o México trouxe cenários dinâmicos que transformavam as corridas: tempestades de poeira atravessavam desertos, chuvas tropicais alagavam estradas, secas revelavam caminhos ocultos e lagos congelavam em determinadas estações. A variedade estimulava não apenas a exploração, mas também a adaptação constante ao terreno.

Entre as novidades de sistemas, Horizon 5 apresentou o EventLab, que permitia criar eventos e pistas personalizadas; o Horizon Arcade, com mini-jogos espalhados pelo mapa; e o Forza Link, uma ferramenta social para aproximar jogadores e facilitar encontros no mundo aberto.

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